domingo, 3 de agosto de 2008

O MUNDO É AQUI

Publicar o trabalho dos alunos na Internet torna a aprendizagem mais significativa, pois permite que a produção seja vista e apreciada por muitas pessoas de fora do espaço escolar

Jaciara de Sá

Quando a turma ouviu do professor que o projeto sobre globalização deveria ser apresentado em um programa de computador (Power Point), foi difícil conter a empolgação.

Dias depois, a euforia tomou conta da classe. "Sugiro que o trabalho seja publicado no site da escola", anunciou Edinilson Q. dos Santos, titular de Geografia e responsável pela atividade.

"Tudo havia mudado. Era a possibilidade de muita gente saber o que tínhamos produzido. O mundo todo poderia ver", lembra com carinho Marcel B. Pinto de quando realizou, com outros alunos, o estudo sobre resistência à globalização.

O trabalho poderia ter virado um livro, sido publicado em forma de revista ou jornal, mas o alcance seria menor e o gasto com gráfica e papel estava fora de cogitação. A Internet foi o veículo ideal para a produção que foi transformada no Atlas Virtual. E os desdobramentos do estudo não pararam por aí. O professor de Geografia do ano seguinte, Clodoaldo G. A. Júnior aprofundou o tema. Os alunos, então no segundo ano do Ensino Médio, aperfeiçoaram o Atlas e o transformaram no vídeo Resistências à Globalização, para nova inserção na Internet e apresentação na Semana de Geografia da Universidade de São Paulo (USP).

"A possibilidade de os alunos se expressarem, tornarem suas idéias e pesquisas visíveis, confere uma dimensão mais significativa aos trabalhos. A escola se abre para o mundo, o aluno e o professor se expõem, divulgam seus projetos e pesquisas, são avaliados por terceiros, positiva e negativamente", afirma José Manuel Moran*, especialista do MEC em avaliação de cursos a distância.

Tanto o Atlas quanto o vídeo podem ser vistos no site da Escola Estadual Condessa Filomena Matarazzo, que fica em Ermelino Matarazzo, bairro da periferia de São Paulo. A escola não tem apenas um endereço na web, mas também um núcleo de cinema, TV, jornal e um estúdio de rádio, com transmissão para a comunidade pela FM das 8h às 22h. Tudo conseguido e tocado pelos alunos sob a coordenação de um funcionário pouco comum nas escolas: o coordenador de projetos, Wagner Batista.

Fonte: http://www.educarede.org.br/educa/index.cfm?pg=revista_educarede.especiais&id_especial=185

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